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A língua humana é essencialmente formada por músculo e é o único músculo voluntário do corpo humano que pode passar horas em atividade sem se fatigar.

Ao abrir a boca apenas se conseguem ver dois terços do seu tamanho total. Esta parcela da língua está revestida, na sua parte superior, por papilas gustativas. Parecem pequenos botões gustativos e existem quatro tipos, espalhados pela língua, que ao captar o paladar dos alimentos enviam a informação diretamente ao cérebro.

Cada botão gustativo está relacionado com um sabor ácido, doce ou básico. No entanto, não é só a língua que possui o poder de saborear. O palato também tem capacidades sensitivas ao paladar. Existem, até hoje conhecidos, cinco sabores aceites pelo nosso sistema: doce, ácido, amargo, salgado e umami. Quando o alimento não provoca qualquer ação na língua, diz-se que esse é insípido.

Existem alimentos que “apagam” ou “disfarçam” o sabor de outros, alterando a nossa perceção do seu verdadeiro gosto. A maior parte destes são designados condimentos, tais como o sal, pimenta, malaguetas, azeite, vinagre, ervas aromáticas, etc.

Por exemplo, ao temperar uma salada mista, deixamos de realmente sentir o sabor real da alface, do tomate, etc. Comer um tomate com sal torna-o salgado, “abafando” o seu doce-ácido sabor.

Ao comer uma refeição muito picante, a língua deixa de conseguir distinguir os outros sabores. Para quem é apreciador de picante, essa mesma refeição saberá deliciosamente, mas não terá grandes alterações de sabor.

O paladar também é algo que se treina.

Provavelmente já devem ter notado que há pessoas mais sensíveis que outras no que toca ao saborear. Fora estas exceções, existe o hábito alimentar.

Uma pessoa que está habituada a ingerir bastantes condimentos, ao saborear um alimento na sua forma mais natural não irá sentir grandes diferenças. Esta diria que não sentiu diferença alguma entre o sabor de duas maçãs da mesma árvore. No entanto se nos habituarmos a ingerir mais alimentos no seu estado natural, iremos até descobrir sabores diferentes numa única maçã. A verdade é que a exposição direta ao sol, os nutrientes do solo, a água que o alimenta e as “pancadinhas” do vento influenciam muito os sabores de uma mesma macieira.

Se procurarmos as pequenas subtilezas de sabor em cada dentada, a nossa vida será mais rica, pois seremos capazes de perceber as pequenas nuances nelas existentes. As papilas passam a informação ao cérebro que definirá se um nutriente é aprazível. E assim poderemos dar mais importância ao que comemos.

Comer sem saborear é não aproveitar um dos grandes sentidos e funções do nosso organismo.

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